sábado, 22 de setembro de 2012

QUANDO FALO DE DOR



Quando falo de dor não falo de desespero.
Não há um só grão de desgosto pelos mistérios da existência.
Nem o mais remoto desgosto ou falta de coragem de enfrentar a vida.
Quando falo de dor falo de um coração humano.
De um abismo que se abre em busca do infinito.
Falo de uma mão que quer ser apertada;
De olhos que choram a saudade de luzes irmãs, adquiridas nas lutas da história.
De todo um ser que quer sentir e deixar-se ser sentido.
Quando falo de dor falo de fé.
De um homem sonhador e aberto para Deus, para o verdadeiro amor.
Quando falo de dor falo de esperança.
De minh’alma que materializa as contrações de um novo nascimento.
Quando falo de dor...
Sou eu que nasço chorando para dizer que cheguei e preciso do colo do PAI.
É esta a minha dor.
É o que penso.
Quando falo de dor.

 Pe. Rômulo Azevedo da Silva

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