sexta-feira, 26 de abril de 2013

AS PALAVRAS QUE MAIS PRECISAMOS ESTÃO EM NÓS E NO AMOR DE DEUS

       
       Encontrei em minha agenda (Diário 2013 da editora Vozes) uma frase de Platão: "Aquele que tudo compreende tudo perdoa". Quando encontramos uma frase de um filósofo, como é o caso, logo ficamos admirados. Nas escolas, faculdades e demais instituições de ensino, os filósofos são apresentados como o início do saber científico. Realmente devemos muito a estes homens e mulheres que, antes de nós, fizeram um caminho e nos deixaram um patrimônio tão rico e grande que ainda não conseguimos entender bem. Seria um verdadeiro desastre construir conhecimento sem um olhar no hoje e nas linhas passadas destes homens e mulheres, pensadores e mestres para nossa jornada. Tenho visto que, quando descobrimos algo de um pensador estrangeiro, especialmente os filósofos gregos, quase entramos em gozo intelectual, parece que descobrimos novamente a roda. E olhe que sei a importância deles! 
       A questão é que temos em nosso país pensadores tão espetaculares quantos estes do passado. Damos muito valor ao que é de fora e desconhecemos todo o patrimônio nativo. O que construímos passa despercebido ou não tem valor algum para os olhos dos mais desatentos. Não podemos deixar a literatura estrangeira, contudo deveríamos, antes, darmos uma olhada na nossa história, nossas tradições, costumes, pois só quem conhece a nossa cultura, nossa terra e nossa gente é capaz de pensar, agir e construir como nós. Não estamos dizendo que todos devem construir só como nós, estamos dizendo que só poderemos enriquecer nosso conhecimento se tivermos consciência de que temos um conhecimento, não é verdade? E este deve ser e ter a nossa cara.
       Platão está certo, quanto mais tivermos conhecimento, quanto mais tomarmos ciência das realidades pessoais, universais e interpessoais, mais teremos capacidade de julgar bem. Só assim veremos a nós mesmos, aos outros e ao mundo com esperança e positividade. O perdão vem do fato de nos conhecermos bem e conhecermos bem o outro. Alguém já disse antes que "só se ama aquilo que se conhece". Pois bem, o perdão vem do amor e o amor vem de um puro conhecimento. Quanto mais eu conheço as luzes e trevas do universo e do ser humano mais preencho-me de compaixão. Para esta missão, antes de lermos o que escreveram os filósofos antigos e atuais, devemos aprender a ler o nosso próprio coração, ler as vidar que estão caminhando conosco, prestar atenção ao hoje de nossos sonhos, desejos e fracassos. O que foi escrito não terá nenhuma valia se não for para iluminar um hoje, um agora de gente concreta feita de carne e osso. 
       Não poderia de esquecer de falar de alguém mais do que especial, Jesus Cristo. Como homem histórico foi estrangeiro, mas como Deus é universal, é nosso, é de todos, está em nós e caminha conosco. Não é nem do passado e nem do futuro, é um "Eu Sou Aquele que Sou" (como disse a Moisés na experiência da Sarça Ardente) para sempre, já que Ele e o Pai são um só. Mesmo nós cristãos, às vezes, damos tanto valor ao que escreveu Platão, Aristóteles, Max, Freud e outros e não valorizamos o que nos diz aquele que nos conhece mais do que nós mesmos. Pois digo uma coisa, e não desejo impor minha palavra, aquele que gostou desta frase de Platão, como eu, encontrará em Jesus Cristo a fonte e um lugar privilegiado para conhecer e perdoar. O que ele disse está aí no meio de nós. Não vou destacar nenhuma passagem bíblica em especial, encontraremos na Bíblia todo o patrimônio, toda a sua Palavra, o discurso completo de auto doação daquele que nos ama porque é, Ele mesmo, o AMOR PLENO. Pegue sua Bíblia, você descobrirá uma jornada que vai mudar a sua vida. Jesus vai nos ensinar algo fundamental, que as palavras que mais precisamos estão em nós e no amor de Deus. Deus nos conduza sempre!

Pe. Rômulo Azevedo da Silva

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