quinta-feira, 5 de setembro de 2013

POUCAS PALAVRAS, GRANDES ASSUNTOS - 68


      Uma das maiores artes da vida é reescrever-se, fazer do dia a dia uma fábrica de reciclagem, aprender sempre. Muitas vezes sonhamos tanto que não percebemos o que é real. No campo dos relacionamentos sofremos, e sofremos mais ainda quando não encaramos a verdade. Somos quase que obrigados a pedir esmolas de amor, atenção e carinho. No fundo não precisamos e não precisaremos se descobrirmos e nos redescobrirmos no amor de Deus e nos equilibrado amor a nós mesmos. Na amizade por exemplo, se precisamos ficar correndo atrás do aparente amigo ou amiga estamos nos iludindo. É bem verdade que um conversa mais do que o outro, um tem mais tempo do que o outro, um pode ser mais aberto e ter pedagogias de fazer-se presente mais do que o outro. Isto é normal e até salutar, pois amizade é uma troca de dons e defeitos, momentos bons e difíceis, um completa o outro. Contudo se um precisa cobrar carinho e atenção do outro é um sinal. Não há amizade aí, não há amor, talvez só uma admiração que se apagou no tempo. Quando eu lembro do meu amigo ou amiga e sinto o meu coração agradecer e dizer que não se entende sem o outro, mesmo que este esteja distante e que não haja mais tantas palavras, aí sim, uma história se transformou em amor e vida. Mas se lembro de alguém e há aquele desejo de passar na cara que nada ficou, então não há pra que iludir-se, não foi amizade. Aos meus amigos, louvado seja Deus porque vocês fazem parte de minha história.

Pe. Rômulo Azevedo da Silva.

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