Estes dias uma pessoa me fez uma pergunta já conhecida por todos nós. “Padre, o senhor é feliz?” Quando eu era mais jovem respondia com mais atrevimento e rapidez a esta pergunta. Hoje eu me questiono primeiro o que seria felicidade para poder dizer algo. O mundo que vivemos e estamos construindo é um mundo acostumado a mudar o sentido das coisas ou, o que é pior, perder as essências, pelo menos às vezes. No fundo esta pergunta foi só introdutória. Esta querida pessoa queria perguntar-me o que fazer para ser feliz.
Em primeiro lugar, gostaria de dizer a ela que, para mim, felicidade não é um sentimento, mas uma realidade, uma verdade, um estado de vida que se percebe pelos sentimentos. Felicidade é algo que se vai construindo com o passar dos tempos. Se a vemos como um sentimento corremos o risco de pararmos nas primeiras dificuldades ou decepções. Os sentimentos mudam, mas o que verdadeiramente construímos permanece. Assim felicidade, para mim, e tenho visto em muitos autores e especialistas, é muito parecido com amor, perseverança, continuar lutando por mim mesmo, por um nós e pelo mundo.
Minha amiga queria saber se era feliz, se era digna da felicidade ou se esta estava em sua vida mesmo quando se sentia fraca. Fez-me uma nova pergunta: “O senhor sempre está bem?” Gostaria de afirmar que não! E, pelo conhecimento que já tenho da vida, que pode ser pouco, mas já é algo, acredito que jamais nos sentiremos completos e felizes plenamente aqui neste mundo imperfeito (porém belo). Teremos partículas de felicidade. Quero lhe dizer que também sinto a mesma
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