Quando
falo de dor não falo de desespero.
Não
há um só grão de desgosto pelos mistérios da existência.
Nem
o mais remoto desgosto ou falta de coragem de enfrentar a vida.
Quando
falo de dor falo de um coração humano.
De
um abismo que se abre em busca do infinito.
Falo
de uma mão que quer ser apertada;
De
olhos que choram a saudade de luzes irmãs, adquiridas nas lutas da história.
De
todo um ser que quer sentir e deixar-se ser sentido.
Quando
falo de dor falo de fé.
De
um homem sonhador e aberto para Deus, para o verdadeiro amor.
Quando
falo de dor falo de esperança.
De
minh’alma que materializa as contrações de um novo nascimento.
Quando
falo de dor...
Sou
eu que nasço chorando para dizer que cheguei e preciso do colo do PAI.
É
esta a minha dor.
É
o que penso.
Quando
falo de dor.
Pe. Rômulo Azevedo da Silva
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